quarta-feira, 23 de junho de 2010

Dança

DANÇA


Passos, saltos
Sons estalados criados
instalados no espaço
solto indevido

Ouvido
por um tímpano
esquecido

Adormecido
por uma dança alucinante
deselegante

Criada e desapropriada
uniformizada
e revestida d’ouro alienante

27/01/2003

sábado, 12 de junho de 2010

Da Tristeza do Momento

Da Tristeza do Momento


Um poeminha metafísico
Explícito
Em palavras conversas
soltas no caminho sem teto
e não seguram abrigo
Perigo!
Caírem pesadas
sobre cabeças despreparadas... despreocupadas
Inconformadas
Tempestades (a) típicas
derrubam águas e águas e águas
e desnivelam
a estrutura a alegria
do que um dia foi
Puro sorriso sincero!






11/06/2002

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Condecoração

CONDECORAÇÃO

Tenho medo
de morrer cedo
e deixar em segredo
meus sonhos e desejos

Por isso escrevo
despejo sobre o frio cadáver de árvores
o sangue quente e azul de minha caneta
Estatueta condecoratória da história de uma vida
Esquecida...



25/08/2003

domingo, 6 de junho de 2010

COMO CRIO

COMO CRIO

Prefiro lugares corruptos e não acesos
coesos na incoerência súbita da indiferença
exigência mórbida de finalidade
exótica
histórica busca de espaço ideal:
Inspiração; Transpiração
Vocação inquietante
exigente em momentos impróprios
meu ópio condicional: estrutural de minhas raízes
formulador de minhas crendices e tolices

Prefiro caminhar sob o som da lua
e ver nua a estética oculta de
traços inacabados e não executados
transformados em reflexões literárias
às vezes esquecidas, outras aperfeiçoadas
e outras memorizadas e manchadas
por sentidos estranhos à sua originalidade
Liberdade na criatividade sem lugar próprio

Em todas minhas preferências
o que age é a não-exigência
e a necessidade estética profética
de inserir-me no mundo incoersivo de sentimentos...
...
... e palavras...

15/08/2003

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Circuito Fechado

Circuito Fechado
(em parceria com Rogério Ventura)


Tranco a porta do ego reprimido
Temo que eu me veja defronte comigo
Quero derrotar as minhas desistências
Me libertar do horror das aparências
Busco escapar desse grande perigo
Tenho no amor o meu grande amigo
O mundo reserva imensas surpresas
Ilusórios tormentos, múltiplas belezas
Tantas vidas atiradas num abismo
Sonhos mutilados pelo rude egoísmo
Tantas vidas mortas suplicando pra viver
Tantas são as portas cerradas para você
Tantas são elas que se fecham sem porque
Somos vigiados, controlados sem saber
Tento, enfim, esse planeta entender...
Tento, enfim, esse planeta entender!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Certifico se o cerco armado

Certifico se o cerco armado
às palavras usadas
continua frouxo o suficiente
para novos usos semânticos;
Românticos


16/05/2003