domingo, 24 de abril de 2011

Precisar o meu espaço inespecífico
e deixar idéias soltas
escondidas sob o manto
invisível desta minha agitação vazia
E, dentre tanto mar e tanto céu,
sentir o gosto amargo-doce de palavras pesadas

Coragem!
Amores e dores dissolvem-se pelo ar parado...
Aspirar a altos vôos deslocados do ambiente usual
e pensar soluções incabíveis
para questões imaginárias, libertárias
Mentes intactas assumem reduzidos
discursos sedutores e, neste abrangente momento,
lágrimas rolam

Ah! Saber que a ignorância deste
momento passageiro não passa de
uma ignorância passageira deste momento passageiro!
Relatos provindos de culturas e épocas
distantes alimentam sensações e possibilidades de sensações
não reservadas a simples procura de paixões

Filosofias não se agigantam sozinhas
No que espero, crio e creio no que não espero
sincero surto de desânimo
As redes jogadas não transportam soluções
instantâneas
mas a chuva forte abriga uma limpeza
inacessível aos pobres passos secos
instituídos no caminhar da História

Já não vejo horizontes desprovidos de conflitos
Palavras pesadas que precisam ações
precisam ser ocultas; caladas
estudadas em sertões áridos de pouca sobrevivência

Desobediência! Fortalezas construídas
em mortes edificantes
Pensamentos errantes pescados e
interpretados à luz de um momento,
Sol!

sábado, 9 de abril de 2011

Porta Giratória
(em parceria com Rogério Ventura)

É preciso abrir as portas
Ainda que estejam tortas
Ou que já sejam mortas
Pois não há um limite
Basta que você acredite
Que em ti a chave reside

Encarar a nossa realidade
Arrombar conceitos da idade
Viver e ser feliz de verdade

Entradas para um novo mundo
Portas bloqueadas por normas
Medo de um conhecer profundo
Pilar de várias reformas
Capaz de em um segundo
Dar ao mundo novas formas

quinta-feira, 7 de abril de 2011

POESIA URGENTE

Caso minhas palavras com
sentidos indevidos
atrevidos
Na ânsia de poetizar
na ânsia de perfurar
o imenso legado alado
deixado por cada segundo passado

Há urgência em se expressar
o que está sendo expressado
aliado
Ânsia de escrever
ânsia de sobreviver
através de simples palavras-poemas
sensações contra razões-sistemas

terça-feira, 5 de abril de 2011

Percorri incólume várias léguas
de um incêndio forte frio
insensível
de paralisação sócio-cultural
intelectual
de uma massa cansada
de sobreviver

Sobrevoei incólume por entre
tempestades impensadas
idéias abstratas
(i)mortais
Alternâncias implicadas
Sumiços implícitos
que voltam para (in)formar
pequenos pensantes
instigantes
Informais

sábado, 2 de abril de 2011

Passo dias e dias alegre
Mas num só minuto vem a tristeza
E num só minuto vem inspiração

Eu gosto de meus amigos e minhas amigas
E de andar solitário pelas ruas e de
andar acompanhado no meu mundo

Talvez vejo e penso demais
E não sei dizer o que sinto
Alguém mais sentirá?

Eu vejo correr o tempo
E passar o amor
Aquele carinho não tem mais sentido