segunda-feira, 28 de novembro de 2011

sou o mar, me dissolvo no mar
e quem sabe me perco nas correntezas doces
que agora se apresentam na minha face
enlace(in) provável
instável amanhecer
seu laços me enlaçam me fazem vivo e me fazem desertar
amo amar momentos inesperados, saúdo dizeres estéticos proféticos encontros
(in) românticos, palavras trocadas especificamente em sonhos
não realizados...dormidos sonhados...
minhas palavras psicodélicas voam epiléticas
por sua boca esculpida sóbria,
no meu olhar direcionado ao seu carinho colado
a meu ser perplexo
ao seu corpo colado...

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Sonhos saíram incólumes
de um pretenso mergulho
alheio a ondas espessas espalhadas
em intensas nuvens

De nada vale um grito rouco incoerente
ecoando em uma praia deserta
ferida aberta deslocada
usada no desvio próprio
- desculpas –

Utópica correnteza
arrasta amores; arrasta ilusões
e consciências perdem-se
diluídas em
garoas incessantes
nascidas em um olhar

sábado, 27 de agosto de 2011

Solidão


Hoje estou só
E só eu sempre serei
Pois a solidão eu nunca vencerei
No que ela tem para me estragar
E não há companhia neste mundo
Que dela possa me livrar

Hoje estou só
E só eu sempre serei
Que aqueles olhos eu nunca verei
Da forma que possa me envolver
Num compasso de livre ascensão
Pela batalha de dentro de meu coração

Hoje estou só
E só eu sempre serei
Só o seu jeito eu sempre lembrarei
Do carinho e do entrelaçar de dedos
Só a solidão devora meus segredos
Que um beijo na face faz despertar
E por medo hoje estou só
E só eu sempre serei

terça-feira, 9 de agosto de 2011

ALIENÍGENA


Subi calado as escadas
de meu quarto
Vejo paredes brancas inconstantes
esperando vagos riscos
para desmodelarem o mesmo
o sempre mesmo modo de
aparecer. Aparências!

Procuro entre livros a vida
que perdi dentro de um coração
ou, quem sabe,
dentro das vísceras de uma ave
que voou perto do instante
em que um verme segredou
em meu ouvido frio
que há tempos já faleci

Não me interessa saber os segredos da comum felicidade!

E muito menos refazer o caminho
que me traga novamente
à normalidade

Prefiro ser um alienígena
perfurando um crânio sedento
de mar!

sábado, 30 de julho de 2011

Sinto falta de dragões alados
sobrevoando o pesado espaço criado
pelo valor de minha mente exigente
Torpedos lançados, dragões abatidos
Gemidos incessantes provenientes da dor
abstrata retratada num grito de alegria
Ousadia em deprimir-se consciente
e verificar profundezas de mares
lares pateticamente enfeitados de nuvens escuras
... segredos ... medos ... angústias...

Se tenho olhos para ver,
ouço e vomito
Explico atos e águias
estiradas ao longo do rio impróprio
Suplico dons e amores, mas
não quero ver o vermelho característico
de teus olhos
Ancorados em mim mesmo!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

SAUDADE

Saudade
Tempo móvel-rápido; alienante
Máquina errante; corrente
Pensamento incoerente; inconstante
Liberdade!

Saudade
Distância espaço-temporal; memória
Longínqua história; carnaval
Tristeza atual; (in)glória
Vaidade!

Saudade
Devaneio no tempo; mistura
Imagem passada-futura; fantasia
Tristeza e ou alegria; loucura
Realidade!

sábado, 2 de julho de 2011

Sinto-me caído em um sonho de Buñuel
com paisagens delirantes de Salvador Dali
esqueço meu nome e grito contente com um transeunte cadáver
que recorta a minha sombra e derrete relógios
e destrói o tempo
Uma mariposa nasce e formigas constroem túneis
fico sem minha mão e brigo comigo ao ver
minhas atitudes meus desejos minha paralisia

Não suporto o desprezo mas corro para a rua e caio
minhas roupas foram jogadas fora e uma multidão se formou
Não quero mais nada repinto sons e as cores voltam
Acordei, é certo, mas o que vale tudo isso
despisto meu desejo e componho uma canção
faço dessa religião um novo (des)compasso
O cansaço chegou: viva!
Mortos podres pobres mortos podres que invadem sonhos alheios
(des)enterraram uma caixa que estava bem
Estacionada no fundo de um inconsciente bem (in)(e)estável
Coveiro distraído que não protege seus pertences
Resistência!
Gosto de palavras de ordem por sua específica (in)utilidade
e que fica ecoando em gritos em gritos em gritos...
não reconheço meu (auto)retrato elitizado
pois já não são meus olhos que sorriem

Te vi correndo na praia esperando a próxima onda
que se aproxima com a primavera entre os dentes
enchentes!
Cheio de esperanças vazias joguei fora meus sentimentos
e rompi um lacre (in)desejável
e morri arrastado por um louco instável que se encontrou consigo mesmo

Uma música constante toca no ar
e perdi minha boca minha voz



16/06/2011
Ruptura e Releitura


Ontem eu escrevia, lia e sentia como criança
E repetia o mesmo assunto
E via só parte de meu mundo
E cria estar certo do que falava

Não!
Não jogarei fora o passado
Posso aproveita-lo, pois hoje cresci
E posso dizer melhor o que vejo, o que sinto
O que leio, o que penso e o que capto
Quem sabe hoje sei o que é amar?
Ou será que agora aprendi a pensar?
Ou será que aprendi os sentimentos das palavras?
Só sei que tenho muito a dizer
E preciso alinhar palavras e pensamentos
Muitas formas e de muitas maneiras
Idéias e sons e sentidos
Que o suor pode passar
E o passado ser jogado no futuro.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

RESSURGIR

Um mútuo carinho
Sozinho caminhante vivente
Trajeto brilhante
Objeto incoerente
Navegador errante
Autor ator intransigente
Sobrevivente a todas as tempestades imagináveis
Sobrevivente a todos furacões, terremotos intermináveis
Sobrevivente a si mesmo
e a outrem

Desejo fugir impiedosamente
Desejo surgir demente coerente
escondido dentro de sua tempestade de sol intenso

sexta-feira, 17 de junho de 2011

RESISTÊNCIA

Estou só e crio projetos de solidão
Sonhos transfigurados em uma imensidão
aprazível à degustação por meus sentidos
em um espaço vivente gigantesco
de leituras direcionadas a um lugar
específico de nulidade comercial

O espaço que a fantasia e o pensamento cobrem
descobrem uma outra realidade dentro do real
Instantes fornecidos pela reflexão instantânea
constituinte da resistência
contra-obediência tardia semeada
pela demonstração ávida por destruição

E o trabalho não-marcado produtivo
mostra-se deslocado da atenção coletiva
Explosiva forma ideológica de alienação
discursividade efusiva e evasiva
inerente ao frio jogo de dominação
estética propícia à triste solidão

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Rendo louvores à minha irracionalidade
Perfeita alteridade
Uniformidade
Construída e resumida
entre marchas cotidianas, planas
e imagens coloridas, disformes
conforme a vontade,
exclusividade,
do que aprendi a não respeitar

Estudar; Aprender; Pensar...
Alienar; Alucinar; Sonhar...

Caminhante errante
com pressa de viver
e não entender
o que possa ser o choro ou o sorriso
impreciso
de exatos transeuntes
que economizam caminhos
com a certeza de já terem
distinguido a estrada
e o porto de chegada.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

REINADOS


Por vezes me sinto
fraco e impotente
descrente em atos libertários

Em outros espaços
me sinto forte e como
que um rei a arrebanhar
palavras súditas
e fundar a essencial
liberdade individual
Até que se esbarre em outro reino
e ser dominado pelo exército, exercício
potente prepotente
imaginário
de um outro ser
e meu reinado se desmoronar!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Procuro saber as horas
histórias vividas aqui
e agora,
memórias...
Talvez faço minha vida aqui
Talvez escapou tudo agora

Ah! Como explicar todos os momentos intensos que sinto agora?
Ah! Como explicar quem sou agora...
História... descrita num só instante
Realmente um só estado
contado em imagens dissolvidas
descritas insolutas na apresentação implícita de um corpo exposto
disposto no decorrer improvável
e incorruptível
crível em pingos incessantes

domingo, 1 de maio de 2011

Preocupo-me demais com o tempo
e olha que ele me pertence!
Vejo o tic-tac correndo solto e sou impelido
a prendê-lo num relógio
que não me traz sentido
e me traz muito cansaço
descompasso
marcado por uma vontade de
desfrutar o sabor anímico
de um raio de sol a dourar o
espaço
abstrato repleto de ar puro
e que não se importa se ilumina ou não
e por isso
exatamente por isso
nada além disso
faz com que sua luz alcance imensidões

Fútil Amor!
Complicado, restrito, abusado
que se ergue como
o edifício principal e redentor
Frágil Isopor!
que se insensibiliza com um torpor
degradante
mitificante
Aberto no desejo
impresso em quase toda alma
de ser seguro
e dono do que,
na verdade,
por esse deslocamento da realidade
deixa-se perder em uma prisão
estável, sonhada como imutável
e ilusionada como conquista inabalável
que me repugna
por marcar e me ordenar
o que tenho a fazer neste instante

Ah!
Como seria bom seguir os instintos
e fazer o que se quer no momento exato em
que se quer
Agora não é hora!
Dizem-me todos os seguidores da ditadura do tempo pré-estabelecido marcado
Deise para depois!
Em coro pronunciam
E se o desejo passar?
Não quero mais a sopa quente e nutritiva
e sim um sorvete de baunilha

O meu gosto já não é o mesmo
daquele do momento preciso em
que desejei a sopa

Mas não era a hora!
Ora bolas!
Hora, horário

Não sou uma peça de uma engrenagem repetitiva que conta os segundo
desde o início
para construir
e definir o que se encontra
como
o Fim

domingo, 24 de abril de 2011

Precisar o meu espaço inespecífico
e deixar idéias soltas
escondidas sob o manto
invisível desta minha agitação vazia
E, dentre tanto mar e tanto céu,
sentir o gosto amargo-doce de palavras pesadas

Coragem!
Amores e dores dissolvem-se pelo ar parado...
Aspirar a altos vôos deslocados do ambiente usual
e pensar soluções incabíveis
para questões imaginárias, libertárias
Mentes intactas assumem reduzidos
discursos sedutores e, neste abrangente momento,
lágrimas rolam

Ah! Saber que a ignorância deste
momento passageiro não passa de
uma ignorância passageira deste momento passageiro!
Relatos provindos de culturas e épocas
distantes alimentam sensações e possibilidades de sensações
não reservadas a simples procura de paixões

Filosofias não se agigantam sozinhas
No que espero, crio e creio no que não espero
sincero surto de desânimo
As redes jogadas não transportam soluções
instantâneas
mas a chuva forte abriga uma limpeza
inacessível aos pobres passos secos
instituídos no caminhar da História

Já não vejo horizontes desprovidos de conflitos
Palavras pesadas que precisam ações
precisam ser ocultas; caladas
estudadas em sertões áridos de pouca sobrevivência

Desobediência! Fortalezas construídas
em mortes edificantes
Pensamentos errantes pescados e
interpretados à luz de um momento,
Sol!

sábado, 9 de abril de 2011

Porta Giratória
(em parceria com Rogério Ventura)

É preciso abrir as portas
Ainda que estejam tortas
Ou que já sejam mortas
Pois não há um limite
Basta que você acredite
Que em ti a chave reside

Encarar a nossa realidade
Arrombar conceitos da idade
Viver e ser feliz de verdade

Entradas para um novo mundo
Portas bloqueadas por normas
Medo de um conhecer profundo
Pilar de várias reformas
Capaz de em um segundo
Dar ao mundo novas formas

quinta-feira, 7 de abril de 2011

POESIA URGENTE

Caso minhas palavras com
sentidos indevidos
atrevidos
Na ânsia de poetizar
na ânsia de perfurar
o imenso legado alado
deixado por cada segundo passado

Há urgência em se expressar
o que está sendo expressado
aliado
Ânsia de escrever
ânsia de sobreviver
através de simples palavras-poemas
sensações contra razões-sistemas

terça-feira, 5 de abril de 2011

Percorri incólume várias léguas
de um incêndio forte frio
insensível
de paralisação sócio-cultural
intelectual
de uma massa cansada
de sobreviver

Sobrevoei incólume por entre
tempestades impensadas
idéias abstratas
(i)mortais
Alternâncias implicadas
Sumiços implícitos
que voltam para (in)formar
pequenos pensantes
instigantes
Informais

sábado, 2 de abril de 2011

Passo dias e dias alegre
Mas num só minuto vem a tristeza
E num só minuto vem inspiração

Eu gosto de meus amigos e minhas amigas
E de andar solitário pelas ruas e de
andar acompanhado no meu mundo

Talvez vejo e penso demais
E não sei dizer o que sinto
Alguém mais sentirá?

Eu vejo correr o tempo
E passar o amor
Aquele carinho não tem mais sentido

quarta-feira, 23 de março de 2011

Passei longo tempo
assistindo tempo
mastigando tempo
matando tempo
engolindo tempo
Gastando o tempo com o próprio tempo

Vozes soam diferentes e já não
causam impacto em minhas retinas atentas
O colorido interno e específico das idéias
caídas em montes aleijados na fazem
diferença no programa de T.V. que eu
insisto em assistir

Vagueio incólume por entre sombras
visuais-sonoras crentes em serem reais
indiferentes aos sons temporais alertas
sobre movimentos terestres-celestes reais

Quero tempo
sonhar tempo
absorver tempo
viver tempo
transcender tempo
Ganhar e realizar todo tempo possível

Mover intenções perecíveis
impossíveis
cabíveis de não serem interpretadas
por entre esta eternidade imperfeita e violada
violentada por estúpidos sonhos
incoerentes
pertinentes
que um sopro intenso e voraz
que faz
a história germinar por entre
letras absurdas e
viventes

ODE A UM POETA INICIANTE

ODE A UM POETA INICIANTE


Ver-te verde em brilhos escritos
subentendido no alvorecer estratégico
cético som embriagado
vindo de parcas palavras roucas
poucas vivências estéticas
poéticas insistências em observações eternas-passageiras
Um gosto combinação em sons-sentidos
desligado do sabor consumido em massa
medo-pavor de uma rejeição total
intelectual trabalho sintetizado em um tom pessoal
segredo vital confessado
estudado ritmo desalienado incompreensível
Verdadeiramente incompreensível
aos olhos tristes caducos de sentimentos
Entendimentos posteriores e vãos!

domingo, 30 de janeiro de 2011

O que se faz completo e com sentido
absurdamente válido e preciso
Como pedras inertes por si mesmas
protegidas contra prováveis intrusos.

Ventanias imprevistas surgem d’um horizonte calmo
derrubam muros, mitos
e rolam pedras
chegam rápidas
e desfazem certezas absolutas
mudas
fixadas em mentes
ausentes da flexibilidade

Ventos...
vitalidade incandescente
que se originam em um sopro vital
daqueles que não se sentem
seguros em um banco de areia
reverenciado como a pedra alicerce
que conduz à plena sabedoria.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O dia começou sendo bom
Já pus fogo em um punhado de células inativas,
discursivas,
que ainda se alojavam em mim.

Palavras incrustadas em
minha mente
se despregam e surgem e se organizam
e preenchem o imenso vazio
que alguém deixou

Rapto o som que vem do espaço
e traço com minha caneta
o intenso momento em
que penso

Por isso sinto que estou vivo!






24/10/2002

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

NOITE DE VERÃO


Não gostaria de me ver partir
enquanto seus lábios aos
meus colados
emitem sons ofegantes
doces prazeres iminentes
desejos próprios de uma noite de verão




02/02/2003

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

No som-calor
esculpido num tempo psicodélico-alcóolico
discutem-se espasmos de vidas
nossas vidas
quatro vezes vidas
A noite olha por nós
em seu olhar claro-iluminado
tristezas e alegrias misturadas em nossos sons.

Salve memórias
histórias relembradas; revividas
ouvidas, sentidas
escritas em nossas linhas escondidas

O fogo se mexe
e o compasso torna-se perfeito
e mostra-se o que já era
e o que já estava feito

Hoje descrevo páginas importantes!


15/10/2003

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

No meio de nuvens negras vejo brilhar
o calor intenso de palavras
normas fictícias inseridas
em sonhos psicodélicos alucinados
vivenciados à guisa de luz noturna

O passo noturno
reaviva todo o torpor dos sonhos soturnos
encadeados no meio de sombras; penumbras
escombros súbitos surgidos na solidão
O som propagado neste vácuo polêmico
apressa meu andar a espera de abrigo
no eco do brilho de um olhar perdido
relatado na clareza da escuridão

Percebo todos os saltos
e todos os choros inaudíveis
sensíveis espasmos de belezas
Sensíveis espasmos de tristezas


25/08/2003

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Não tenho muito a dizer
por não ter vivido ainda
exatamente a liberdade explícita
transparecida em atos revestidos
de irresponsabilidade pseudo-social

Falta-me o salto improvável
para dentro de palavras
que mostrem sabores indizíveis
e que venham construir a expressão
exata para exprimir a emoção
concentrada num ato explosivo, corrosivo
inventivo de sensações
coesões
em um espaço-tempo
ilimitado a ser extravasado
por um louco totalmente
coerente
com o indiscreto desejo
puro e ingênuo
de ser feliz


24/10/2002

domingo, 9 de janeiro de 2011

Não passo de um ator
Interpretando várias vidas em busca
Da unidade e da dispersão
De quem ainda não sabe
Se é melhor marchar
Ou voar por dentro do mar
E do céu...
Necessidade de mergulhar
em palavras, gestos, sons, objetos
no obscuro universo
de um desejo secreto, discreto
absolutamente concreto
inevitavelmente perplexo
diante do que se acha (a) traído

Sou exatamente a metade vazia
imperfeita de um ser incompleto

17/07/2002

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

NA RODOVIÁRIA


Sem pernas próprias
percorro longínquos caminhos
No instante a beleza está ausente
mas no impacto da virada mensal
ressurgirá ao meu lado
As pálpebras pesadas articulam um fechamento improvável
Ah! E esse relógio impróprio
de horas arrastadas!
Sim! As horas se arrastam lesmas pelas paredes

E meu fim está chegando rodando pelas estradas




28/02/2003

domingo, 2 de janeiro de 2011

Mundo Material
(em parceria com Rogério Ventura)


Apegado num mundo material
Desprezando o sentimental
Valores deturpados
Amores enganados
Prazeres que vêm e logo se vão
Saudadas da ausência de uma emoção

Desconfiança do que não se vê
Lições aprendidas na T.V.
Vida segura
Falsa estrutura
Paixões anestesiantes, doce ilusão
Alegrias compradas na televisão

Isolado em um mundo irreal
Ignorando o bem e o mal
Vazio interior
Ferimento indolor
Insensível ser tolo que vegeta e não vê
Que a essência vital está dentro de você

sábado, 1 de janeiro de 2011

MERGULHO INTERNO

Meus olhos ardem!
Enquanto cai a chuva incessante em minha mente inacabada
Plantas aquáticas evoluem...
Mas ainda hoje ainda
Não compreendo nada!
do que se passa em ecos flutuantes de um passado inconstante

Meus olhos ainda ardem!
Seu sangue sincero derramado pela sua face pálida
Esconde a alvorada incessante em seu dilúvio particular
Dias tristes escondem o som sincero e rouco distribuído pelo ar

Meus olhos já nem ardem mais!
Do ardor cresceram silêncios súbitos e visões variadas
Palavras (in)sensatas provocadas em rupturas sociais-sentimentais
Povoam filosofias e poesias estendidas ao longo de um rio caudaloso
e propenso a levar todas as margens esculpidas
para dentro de uma caverna escura
e sem dentes!



18/06/2003