terça-feira, 9 de agosto de 2011

ALIENÍGENA


Subi calado as escadas
de meu quarto
Vejo paredes brancas inconstantes
esperando vagos riscos
para desmodelarem o mesmo
o sempre mesmo modo de
aparecer. Aparências!

Procuro entre livros a vida
que perdi dentro de um coração
ou, quem sabe,
dentro das vísceras de uma ave
que voou perto do instante
em que um verme segredou
em meu ouvido frio
que há tempos já faleci

Não me interessa saber os segredos da comum felicidade!

E muito menos refazer o caminho
que me traga novamente
à normalidade

Prefiro ser um alienígena
perfurando um crânio sedento
de mar!

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