sábado, 25 de abril de 2009

Início

Penso sempre em deixar minhas palavras poesias registradas para além de mim. Já namorava a ideia de escrever um blog a um bom tempo, para que outras pessoas leiam, comentem, enfim, deixem um recado para que eu perceba (ou não) se tenho jeito para a poesia... assim começo a postar com um antigo texto que fiz...

“Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?”

A sensibilidade destas palavras às vezes ataca meus sentidos. Sinto-me na necessidade incoerente e inconstante de percorrer possibilidades desta questão. Não à divisão de suas partes, mas ao espírito que ela carrega como um todo. Já me vi vagando várias vezes por entre estas palavras. Já as incorporei em parte ao meu dia-a-dia (quotidiano?). Somente em parte. Não me atribuo a genialidade de incorporar totalmente este espírito. Não tenho uma vida comum, é certo, mas onde está a marca da diferença? Onde está o rompimento específico que norteia meus passos, meus desejos. Não há nada, ou quase nada. Existem palavras. Existem versos. E nestes versos encontro todas as possibilidades liberdades que não rompi na realidade e ficaram incrustadas em minha mente. Memória. Memórias remexidas que não dividem realidades e fantasias. Ou pura invenção de desejos. Assim são meus versos aqui agrupados. Dizem e não dizem de mim. Não são exatamente eu. Diria que se parecem mais com um labirinto, móvel, onde há caminhos diversos, os quais podem me revelar um pouco, mas que aparece sempre em contínua mudança, apontando caminhos estranhos caminhos diversos caminhos. O que há de melhor é perder-se por entre os versos. Ou perder-se neste labirinto.

Um comentário:

  1. parabéns pelo blog, Adilson!!! belas palavras! belo começo labiríntico!!!

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