FASES
Da fase aérea-delirante
sobrou o sorriso toro de uma
águia enfumaçada
bêbada de tanto querer
e de tanto não poder
Da fase realista-sombria
sobrou um sonho alucinante
imagem-projeto desalienante
preso à marcha diária
de uma formiga em busca de poesia
Da fase capitalista-lunar
sobrou o cansaço
impregnado em meu espaço
e recursos financeiros guardados-desperdiçados
e a ganância de um esquilo em acumular
Da fase concreta-platônica
sobraram restos de amores
e algumas dores
e escritos, filosofias, poesias e
o olhar de uma coruja a tudo penetrar
Da fase amarga-despressiva
sobrarm choros e lágrimas
e emoções várias
e a vontade de, como um urso,
hibernar e esperar o sol renascer
De fase em mínima fase
o que sobra é exatamente o que
os olhos conseguem perceber
e a mente captar e dilatar
02/02/2003
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